
Safra 73
1.6.2023
Eu quero é botar meu bloco na rua
Autor de um livro sobre “Eu quero é botar meu bloco na rua”, o poeta e tradutor Paulo Henriques Britto detalha, em entrevista a Joaquim Ferreira dos Santos, este disco fundamental de 1973. Mostra como Sérgio Sampaio é propositalmente contraditório em seus versos, como as faixas dialogam entre si e como há citações diversas nas letras: a Augusto dos Anjos, Paulinho da Viola, Jards Macalé, Jorge Ben Jor e, sobretudo, a Caetano Veloso. Para Britto, é o disco mais importante do período pós-Tropicália e retrata o tempo de pesadelos e paranoias que se vivia sob a ditadura militar. O conflito entre ser bem-sucedido e ser marginal é outro dilema de Sampaio, um capixaba que veio para o Rio, passou muitas dificuldades, estourou com a canção “Eu quero é botar meu bloco na rua” e depois voltou à margem.
Repertório
Lado A
Eu quero é botar meu bloco na rua (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Lero e leros e boleros (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Filme de terror (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Pobre meu pai (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Labirintos negros (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Eu sou aquele que disse (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Lado B
Viajei de trem (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Não tenha medo, não! (Rua Moreira, 65) (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
D. Maria de Lourdes (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Odete (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Raulzito Seixas (Sérgio Sampaio) – Sérgio Sampaio
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro