Claudio Rodari apresenta Os Cariocas

Nova ilusão

Só danço samba

Nunca mais

Zelão

Você passou

Samba de uma nota só

Claudio Rodari fala de bossa tradicional e bossa nova

Tudo é bossa

Claudio Rodari apresenta o repertório de João

Meditação

Doralice

O amor em paz

Samba da minha terra

Corcovado

Nunca mais 

Quero ser assim

Atirei o pau no gato

Um abraço no Bonfá

Garota de Ipanema / Devagar com a louça

Só danço samba / Se todos fossem iguais a você

Comigo é assim

Let's fall in love

A felicidade

Manhã de carnaval

O bem do amor

Brigas, nunca mais

Foi a noite

Este seu olhar

Vamos cantar

Eu sonhei que tu estavas tão linda

Eu sei que vou te amar

Sem você

Cheek to cheek

Se é tarde, me perdoa

Despedida de Mangueira

Trevo de quatro folhas

Cavalo marinho e Borboleta bonitinha

A primeira vez

Jeito de flor

Jeito de flor / Se é tarde, me perdoa

Everyday (A little love)

Carlos Coqueijo Costa presidia a Associação Atlética da Bahia, em 1960, e convidou os amigos João Gilberto e Vinicius de Moraes para se apresentarem nos 46 anos do clube, em Salvador. Duas das músicas interpretadas por João são do disco O amor, o sorriso e a flor, lançado em maio daquele ano. A fita guardada por Coqueijo só tem uma parte da apresentação. Vinicius, a pedido do anfitrião, procurou explicar o que era a bossa nova. Mas também cantou.

 É a primeira vez que esse material vem a público, juntamente com outros dois gravados em fitas de rolo por Coqueijo: <a href="https://radiobatuta.com.br/especiais/joao-gilberto-e-astrud-em-casa-de-carlos-coqueijo-10-9-1959/">João Gilberto e Astrud em casa de Carlos Coqueijo, 10/9/1959</a> e <a href="https://radiobatuta.com.br/especiais/joao-gilberto-em-casa-de-carlos-coqueijo-28-11-1960/">João Gilberto em casa de Carlos Coqueijo, 28/11/1960</a>
 
 Aydil Coqueijo, viúva de Carlos, passou para fitas cassete e, mais tarde, encomendou a digitalização. Repassou uma cópia para a pesquisadora Edinha Diniz, que cedeu os áudios à Batuta.
 
 Sobre Coqueijo (1924-1988): é autor (com Alcyvando Luz) de É preciso perdoar, samba que João incluiu em três discos, a começar pelo seu “álbum branco”, de 1973. Como jurista, chegou a ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Como artista e amigo de artistas, apresentou Caetano Veloso a João Gilberto, e Nara Leão ao grupo baiano. Foi professor de Gilberto Gil na faculdade de administração.
 
 Sequência dos áudios
 
 Coqueijo e Vinicius falam; João interpreta Chega de saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes); Coqueijo e Vinicius falam (14:27) - Antes de chamar João e Vinicius ao palco, Coqueijo avisa que pedirá ao poeta para “dizer alguma coisa sobre esse movimento que se chama bossa nova”. Entre outras coisas, Vinicius afirma que a bossa nova mostrou que havia "orquestrações falsas, instrumentações falsas, maneiras de cantar falsas, bolerizações, jazzificações da música popular brasileira que já não cabiam mais".
 
 João interpreta Samba de uma nota só (Tom Jobim e Newton Mendonça); Vinicius, com João ao violão, canta Pela luz dos olhos teus (Vinicius de Moraes) (5:30) - João tinha lançado Samba de uma nota só naquele ano, no LP O amor, o sorriso e a flor. Canta e, em seguida, pede para Vinicius cantar "Quando a luz dos olhos meus". O título, na verdade, é Pela luz dos olhos teus.
 
 Coqueijo e Vinicius falam; João interpreta O pato (Jaime Silva e Neuza Teixeira) (4:25) - Coqueijo pergunta, e Vinicius fala da influência da bossa nova sobre a juventude. E pede para João cantar O pato, pois "serve para adultos, para crianças e para velhos". A música também estava no disco lançado em 1960.
 
 Coqueijo e Vinicius falam; Vinicius, com João ao violão e dividindo o refrão, canta Água de beber (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (5:28) - A música era recente, feita para o filme O santo módico, que só estrearia em 1964. Vinicius conta que o refrão veio de uma roda de capoeira a que assistiu em 1942, em Salvador. João jamais gravou o samba.
 
 Coqueijo fala; João Gilberto inicia Doralice (Dorival Caymmi e Antônio Almeida) e a fita é interrompida (0:41) - Só há tempo de João fazer parte dos vocais da introdução.

João Gilberto e Vinicius de Moraes em show na Bahia, 29/10/1960

João Gilberto interpretou na casa do amigo Carlos Coqueijo, em Salvador, músicas que se tornariam inesquecíveis na sua voz, mas que ele ainda não gravara em disco. São os casos de Saudade da Bahia e O samba da minha terra, por exemplo. Outras seis registradas na fita nunca entraram em sua discografia.

 É a primeira vez que esse material vem a público, juntamente com outros dois gravados em fitas de rolo por Coqueijo: <a href="https://radiobatuta.com.br/especiais/joao-gilberto-e-astrud-em-casa-de-carlos-coqueijo-10-9-1959/">João Gilberto e Astrud em casa de Carlos Coqueijo, 10/9/1959</a> e <a href="https://radiobatuta.com.br/especiais/joao-gilberto-e-vinicius-de-moraes-em-show-na-bahia-29-10-1960/">João Gilberto e Vinicius em show na Bahia, 29/10/1960</a>.
 
 Aydil Coqueijo, viúva de Carlos, passou para fitas cassete e, mais tarde, encomendou a digitalização. Repassou uma cópia para a pesquisadora Edinha Diniz, que cedeu os áudios à Batuta.
 
 Sobre Coqueijo (1924-1988): é autor (com Alcyvando Luz) de É preciso perdoar, samba que João incluiu em três discos, a começar pelo seu “álbum branco”, de 1973. Como jurista, chegou a ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Como artista e amigo de artistas, apresentou Caetano Veloso a João Gilberto, e Nara Leão ao grupo baiano. Foi professor de Gilberto Gil na faculdade de administração.
 
 Repertório
 
 Dorme que eu velo por ti (Roberto Martins e Mário Rossi) (4:09) - João Gilberto (voz, assobio e violão). Inédita em sua discografia. Nelson Gonçalves lançou em 1942. Há ruídos no áudio.
 
 Trem de ferro (Lauro Maia) (1:52) - João Gilberto (voz e violão). Gravou a marcha, que amava desde a infância em Juazeiro, em seu disco de 1961, João Gilberto. A versão original é de 1943, com o conjunto Quatro Ases e Um Coringa.
 
 Saudade da Bahia (Dorival Caymmi) (2:34) - João Gilberto (voz e violão). Gravou no disco de 1961. O samba recebeu versões em 1957 do autor, Dorival Caymmi, de Nora Ney e de Marlene.
 
 O samba da minha terra (Dorival Caymmi) (1:53) - João Gilberto (voz e violão). Também gravou em 1961. A primeira gravação é a do Bando da Lua, de 1940.
 
 Bahia com h (Denis Brean) (2:13) - João Gilberto (voz e violão). Só gravou em 1980, em disco resultante de um especial da TV Globo. Francisco Alves lançou em 1947.
 
 Nada além (Custódio Mesquita e Mário Lago) (1:17) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. A gravação original é de Orlando Silva, em 1938.
 
 Cigana (Billy Reid, versão de Vera F. Corrêa da Silva) (3:36) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Orlando Silva gravou em 1947.
 
 Sem este céu (Luiz Bonfá) (1:48) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Dick Farney gravou em 1952.
 
 Bossa nova (Miguel Gustavo) (1:18) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Canta o seu próprio nome e brinca com o estilo da "bossa velha". Os Cariocas interpretariam em 1962, no show Encontro, que reuniu João, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e o conjunto no Au Bon Gourmet, no Rio.
 
 O nosso olhar (Sérgio Ricardo) (2:12) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. João também cantou esta música de seu grande amigo Sérgio Ricardo numa apresentação no Auditório Ibirapuera, em 2008.
 
 Lá vem a baiana (Dorival Caymmi) (2:40) - João Gilberto (voz e violão). As outras pessoas tentam fazer um coro. Ele só veio a registrar em disco em Eu sei que vou te amar, o ao vivo de 1994. Dorival Caymmi lançou em 1947, e Lúcio Alves gravou a sua versão em 1959.

João Gilberto em casa de Carlos Coqueijo, 28/11/1960

Em setembro de 1959, João Gilberto estava no centro da música brasileira. Seu primeiro LP, Chega de saudade, tinha sido lançado sete meses antes e firmado o estilo que ganhou o nome de bossa nova. Em Salvador, na casa do jurista, músico e cronista baiano Carlos Coqueijo Costa, seu amigo, João ficou à vontade para interpretar canções que já eram do seu repertório, outras que ainda incluiria em discos e 13 que jamais viria a gravar. Estas últimas são classificadas aqui como inéditas. Sua então mulher, Astrud Gilberto, fez duo com ele em alguns momentos.
É a primeira vez que esse material vem a público, juntamente com outros dois gravados em fitas de rolo por Coqueijo. (Os links estão nesta página, mais abaixo, após o repertório.)
Aydil Coqueijo, viúva de Carlos, passou para fitas cassete e, mais tarde, encomendou a digitalização. Repassou uma cópia para a pesquisadora Edinha Diniz, que cedeu os áudios à Batuta.
Sobre Coqueijo (1924-1988): é autor (com Alcyvando Luz) de É preciso perdoar, samba que João incluiu em três discos, a começar pelo seu “álbum branco”, de 1973. Como jurista, chegou a ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Como artista e amigo de artistas, apresentou Caetano Veloso a João Gilberto, e Nara Leão ao grupo baiano. Foi professor de Gilberto Gil na faculdade de administração.
Repertório
Comigo é assim (José Menezes e Luiz Bittencourt) (3:47) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Canção inédita na sua discografia. Foi lançada pelo conjunto Os Cariocas em 1952. João se recrimina : &#8220;Às vezes eu ainda atrapalho a letra. É bom quando não procura mais a letra na cabeça. Ela vem no sangue”.
Let’s fall in love (Harold Arlen e Ted Koehler) (2:58) &#8211; Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão, vocal e assobio). Inédita. A canção é um clássico da música popular americana.
A felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (5:13) &#8211; João Gilberto (voz e violão), Astrud e outros (vocais). Composta para o filme Orfeu do carnaval (1959), a música foi gravada por Agostinho dos Santos para a trilha e por João para um compacto lançado no mesmo ano. Na casa de Coqueijo, João canta uma parte da letra que não consta das duas gravações e que ele só registraria no disco ao vivo feito no Festival de Montreux e lançado em 1986: &#8220;A felicidade é uma coisa louca / e tão delicada também / tem flores e amores / de todas as cores / tem ninhos de passarinho / tudo bom ela tem / pois é por ela ser assim tão delicada / que eu trato dela sempre muito bem&#8221;.
Manhã de carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria) (4:41) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Sua gravação foi lançada em 1959, e João demonstra, na casa de Coqueijo, não ter ficado satisfeito com a forma com que encerrou a gravação: “Acabei por causa do Bonfá. Vou fazer como ele quer”. Na fita ele não canta a letra. No final, pede algo para apoiar o pé.
O bem do amor (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) (2:55) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Nas anotações da fita aparece &#8220;Valsa (Carlos Lyra)&#8221;.
Brigas, nunca mais (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (5:53) &#8211; João Gilberto (voz e violão) e Astrud Gilberto (voz). Incluída no LP Chega de saudade, lançado em março daquele ano, 1959. Ele comenta: “Essa letra pode não ser profunda, mas os sons das palavras são bons”.
Foi a noite (Tom Jobim e Newton Mendonça) (3:45) &#8211; João Gilberto (voz, assobio e violão) com participação de Walter Santos (voz). Inédita. As duas primeiras gravações são de 1956, por Osni Silva e Sylvia Telles.
Este seu olhar (Tom Jobim) (1:46) &#8211; Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão). Em 1959, João tocou violão na gravação do cantor Luiz Cláudio. O seu primeiro registro entrou no LP João Gilberto (1961).
Vamos cantar (Cristóvão de Alencar e Newton Teixeira) (3:10) &#8211; João Gilberto (voz, violão, vocais e assobio), Astrud Gilberto (voz) e outros (vocais). Inédita. Foi lançada por Orlando Silva em 1940.
Let’s fall in love (Harold Arlen e Ted Koehler) (1:47) &#8211; Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão e vocal). Os dois voltam ao standard da música americana.
Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Matoso) (2:40) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Ele recomenda no início: &#8220;Prestem atenção à letra&#8221;. Cantou num especial da TV Bandeirantes em 1997. Francisco Alves lançou em 1941.
Eu sei que vou te amar (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (2:24) &#8211; Walter Santos (voz) e João Gilberto (violão). A única versão de João em disco é no ao vivo de 1994, que tem o mesmo título da música.
Sem você (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (2:55) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Existe outro registro em áudio, de uma apresentação em Tóquio em 2006.
Cheek to cheek (Irving Berlin) (2:38) &#8211; Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão). Inédita. Ele para de tocar por não estar gostando da interpretação de Astrud. Em seguida, retomam.
Doralice (Dorival Caymmi e Antônio Almeida) (1:02) &#8211; João Gilberto (assobio e violão). Foi lançada pelos Anjos do Inferno em 1945. João a gravou no disco de 1960, O amor, o sorriso e a flor, e também em Getz/Gilberto, lançado em 1964.
Se é tarde, me perdoa (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) (1:52) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Ele gravou em O amor, o sorriso e a flor (1960)
Despedida de Mangueira (Benedito Lacerda e Aldo Cabral) (1:08) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Foi lançada por Francisco Alves em 1941.
Trevo de quatro folhas (Mort Dixon e Harry Woods, versão de Nilo Sérgio) (1:51) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Ele gravou em O amor, o sorriso e a flor (1960) a versão brasileira de I&#8217;m looking over a four-leaf clover. Lançada pelos Vocalistas Tropicais em 1949.
Cavalo marinho e Borboleta bonitinha (ambas de domínio público) (2:00) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inéditas. São canções tradicionais do Nordeste. A segunda teve uma versão gravada por Marisa Monte.
A primeira vez (Bide e Marçal) (3:32) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Ele gravou no disco de 1961 que leva o seu nome. Orlando Silva lançou o samba em 1940.
Jeito de flor (João Gilberto e Ronaldo Bôscoli) (2:05) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Única parceria dos dois, composta em 1958 ou 1959. O resultado não satisfez João, como ele diz na faixa seguinte.
Jeito de flor (instrumental); exercícios com Se é tarde, me perdoa; Jeito de flor (instrumental) (4:54) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Fala de Jeito de flor: “Não gosto disso não, sinceramente. Pra cantar é ruim. É bom pra tocar”. Cansa depois de vários exercícios: &#8220;Chega!&#8221;.
Se é tarde, me perdoa (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) (1:57) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Volta ao samba que gravaria em março do ano seguinte.
Comigo é assim (José Menezes e Luiz Bittencourt) (1:44) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Faz nova versão da música e volta a pular um verso.
Everyday (A little love) (João Donato) (1:54) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Instrumental. Inédita. Foi registrada por Coqueijo como &#8220;Valsa – Recordação&#8221;.

Coqueijo e Vinicius falam; João interpreta Chega de saudade

Coqueijo e Vinicius falam; João interpreta O pato

Coqueijo e Vinicius falam; Água de beber

Início de Doralice

Em setembro de 1959, João Gilberto estava no centro da música brasileira. Seu primeiro LP, Chega de saudade, tinha sido lançado sete meses antes e firmado o estilo que ganhou o nome de bossa nova. Em Salvador, na casa do jurista, músico e cronista baiano Carlos Coqueijo Costa, seu amigo, João ficou à vontade para interpretar canções que já eram do seu repertório, outras que ainda incluiria em discos e 13 que jamais viria a gravar. Estas últimas são classificadas aqui como inéditas. Sua então mulher, Astrud Gilberto, fez duo com ele em alguns momentos.

É a primeira vez que esse material vem a público, juntamente com outros dois gravados em fitas de rolo por Coqueijo:  <a href="https://radiobatuta.com.br/especiais/joao-gilberto-e-vinicius-de-moraes-em-show-na-bahia-29-10-1960/">João Gilberto e Vinicius em show na Bahia, 29/10/1960</a> e <a href="https://radiobatuta.com.br/especiais/joao-gilberto-em-casa-de-carlos-coqueijo-28-11-1960/">João Gilberto em casa de Carlos Coqueijo, 28/11/1960</a>.

Aydil Coqueijo, viúva de Carlos, passou para fitas cassete e, mais tarde, encomendou a digitalização. Repassou uma cópia para a pesquisadora Edinha Diniz, que cedeu os áudios à Batuta.

Sobre Coqueijo (1924-1988): é autor (com Alcyvando Luz) de É preciso perdoar, samba que João incluiu em três discos, a começar pelo seu “álbum branco”, de 1973. Como jurista, chegou a ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Como artista e amigo de artistas, apresentou Caetano Veloso a João Gilberto, e Nara Leão ao grupo baiano. Foi professor de Gilberto Gil na faculdade de administração.

Repertório

Comigo é assim (José Menezes e Luiz Bittencourt) (3:47) - João Gilberto (voz e violão). Canção inédita na sua discografia. Foi lançada pelo conjunto Os Cariocas em 1952. João se recrimina : "Às vezes eu ainda atrapalho a letra. É bom quando não procura mais a letra na cabeça. Ela vem no sangue”.

Let’s fall in love (Harold Arlen e Ted Koehler) (2:58) - Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão, vocal e assobio). Inédita. A canção é um clássico da música popular americana.

A felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (5:13) - João Gilberto (voz e violão), Astrud e outros (vocais). Composta para o filme Orfeu do carnaval (1959), a música foi gravada por Agostinho dos Santos para a trilha e por João para um compacto lançado no mesmo ano. Na casa de Coqueijo, João canta uma parte da letra que não consta das duas gravações e que ele só registraria no disco ao vivo feito no Festival de Montreux e lançado em 1986: "A felicidade é uma coisa louca / e tão delicada também / tem flores e amores / de todas as cores / tem ninhos de passarinho / tudo bom ela tem / pois é por ela ser assim tão delicada / que eu trato dela sempre muito bem".

Manhã de carnaval (Luiz Bonfá e Antônio Maria) (4:41) - João Gilberto (voz e violão). Sua gravação foi lançada em 1959, e João demonstra, na casa de Coqueijo, não ter ficado satisfeito com a forma com que encerrou a gravação: “Acabei por causa do Bonfá. Vou fazer como ele quer”. Na fita ele não canta a letra. No final, pede algo para apoiar o pé.

O bem do amor (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) (2:55) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Nas anotações da fita aparece "Valsa (Carlos Lyra)".

Brigas, nunca mais (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (5:53) - João Gilberto (voz e violão) e Astrud Gilberto (voz). Incluída no LP Chega de saudade, lançado em março daquele ano, 1959. Ele comenta: “Essa letra pode não ser profunda, mas os sons das palavras são bons”.

Foi a noite (Tom Jobim e Newton Mendonça) (3:45) - João Gilberto (voz, assobio e violão) com participação de Walter Santos (voz). Inédita. As duas primeiras gravações são de 1956, por Osni Silva e Sylvia Telles.

Este seu olhar (Tom Jobim) (1:46) - Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão). Em 1959, João tocou violão na gravação do cantor Luiz Cláudio. O seu primeiro registro entrou no LP João Gilberto (1961).

Vamos cantar (Cristóvão de Alencar e Newton Teixeira) (3:10) - João Gilberto (voz, violão, vocais e assobio), Astrud Gilberto (voz) e outros (vocais). Inédita. Foi lançada por Orlando Silva em 1940.

Let’s fall in love (Harold Arlen e Ted Koehler) (1:47) - Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão e vocal). Os dois voltam ao standard da música americana.

Eu sonhei que tu estavas tão linda (Lamartine Babo e Francisco Matoso) (2:40) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Ele recomenda no início: "Prestem atenção à letra". Cantou num especial da TV Bandeirantes em 1997. Francisco Alves lançou em 1941.

Eu sei que vou te amar (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (2:24) - Walter Santos (voz) e João Gilberto (violão). A única versão de João em disco é no ao vivo de 1994, que tem o mesmo título da música.

Sem você (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (2:55) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Existe outro registro em áudio, de uma apresentação em Tóquio em 2006.

Cheek to cheek (Irving Berlin) (2:38) - Astrud Gilberto (voz) e João Gilberto (violão). Inédita. Ele para de tocar por não estar gostando da interpretação de Astrud. Em seguida, retomam.

Doralice (Dorival Caymmi e Antônio Almeida) (1:02) - João Gilberto (assobio e violão). Foi lançada pelos Anjos do Inferno em 1945. João a gravou no disco de 1960, O amor, o sorriso e a flor, e também em Getz/Gilberto, lançado em 1964.

Se é tarde, me perdoa (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) (1:52) - João Gilberto (voz e violão). Ele gravou em O amor, o sorriso e a flor (1960)

Despedida de Mangueira (Benedito Lacerda e Aldo Cabral) (1:08) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Foi lançada por Francisco Alves em 1941.

Trevo de quatro folhas (Mort Dixon e Harry Woods, versão de Nilo Sérgio) (1:51) - João Gilberto (voz e violão). Ele gravou em O amor, o sorriso e a flor (1960) a versão brasileira de I'm looking over a four-leaf clover. Lançada pelos Vocalistas Tropicais em 1949.

Cavalo marinho e Borboleta bonitinha (ambas de domínio público) (2:00) - João Gilberto (voz e violão). Inéditas. São canções tradicionais do Nordeste. A segunda teve uma versão gravada por Marisa Monte.

A primeira vez (Bide e Marçal) (3:32) - João Gilberto (voz e violão). Ele gravou no disco de 1961 que leva o seu nome. Orlando Silva lançou o samba em 1940.

Jeito de flor (João Gilberto e Ronaldo Bôscoli) (2:05) - João Gilberto (voz e violão). Inédita. Única parceria dos dois, composta em 1958 ou 1959. O resultado não satisfez João, como ele diz na faixa seguinte.

Jeito de flor (instrumental); exercícios com Se é tarde, me perdoa; Jeito de flor (instrumental) (4:54) - João Gilberto (voz e violão). Fala de Jeito de flor: “Não gosto disso não, sinceramente. Pra cantar é ruim. É bom pra tocar”. Cansa depois de vários exercícios: "Chega!".

Se é tarde, me perdoa (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) (1:57) - João Gilberto (voz e violão). Volta ao samba que gravaria em março do ano seguinte.

Comigo é assim (José Menezes e Luiz Bittencourt) (1:44) - João Gilberto (voz e violão). Faz nova versão da música e volta a pular um verso.

Everyday (A little love) (João Donato) (1:54) - João Gilberto (voz e violão). Instrumental. Inédita. Foi registrada por Coqueijo como "Valsa – Recordação".

João Gilberto e Astrud em casa de Carlos Coqueijo, 10/9/1959

Carlos Coqueijo Costa presidia a Associação Atlética da Bahia, em 1960, e convidou os amigos João Gilberto e Vinicius de Moraes para se apresentarem nos 46 anos do clube, em Salvador. Duas das músicas interpretadas por João são do disco O amor, o sorriso e a flor, lançado em maio daquele ano. A fita guardada por Coqueijo só tem uma parte da apresentação. Vinicius, a pedido do anfitrião, procurou explicar o que era a bossa nova. Mas também cantou.
É a primeira vez que esse material vem a público, juntamente com outros dois gravados em fitas de rolo por Coqueijo. (Os links estão nesta página, mais abaixo, após o repertório.)
Aydil Coqueijo, viúva de Carlos, passou para fitas cassete e, mais tarde, encomendou a digitalização. Repassou uma cópia para a pesquisadora Edinha Diniz, que cedeu os áudios à Batuta.
Sobre Coqueijo (1924-1988): é autor (com Alcyvando Luz) de É preciso perdoar, samba que João incluiu em três discos, a começar pelo seu “álbum branco”, de 1973. Como jurista, chegou a ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Como artista e amigo de artistas, apresentou Caetano Veloso a João Gilberto, e Nara Leão ao grupo baiano. Foi professor de Gilberto Gil na faculdade de administração.
Sequência dos áudios
Coqueijo e Vinicius falam; João interpreta Chega de saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes); Coqueijo e Vinicius falam (14:27) &#8211; Antes de chamar João e Vinicius ao palco, Coqueijo avisa que pedirá ao poeta para “dizer alguma coisa sobre esse movimento que se chama bossa nova”. Entre outras coisas, Vinicius afirma que a bossa nova mostrou que havia &#8220;orquestrações falsas, instrumentações falsas, maneiras de cantar falsas, bolerizações, jazzificações da música popular brasileira que já não cabiam mais&#8221;.
João interpreta Samba de uma nota só (Tom Jobim e Newton Mendonça); Vinicius, com João ao violão, canta Pela luz dos olhos teus (Vinicius de Moraes) (5:30) &#8211; João tinha lançado Samba de uma nota só naquele ano, no LP O amor, o sorriso e a flor. Canta e, em seguida, pede para Vinicius cantar &#8220;Quando a luz dos olhos meus&#8221;. O título, na verdade, é Pela luz dos olhos teus.
Coqueijo e Vinicius falam; João interpreta O pato (Jaime Silva e Neuza Teixeira) (4:25) &#8211; Coqueijo pergunta, e Vinicius fala da influência da bossa nova sobre a juventude. E pede para João cantar O pato, pois &#8220;serve para adultos, para crianças e para velhos&#8221;. A música também estava no disco lançado em 1960.
Coqueijo e Vinicius falam; Vinicius, com João ao violão e dividindo o refrão, canta Água de beber (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) (5:28) &#8211; A música era recente, feita para o filme O santo módico, que só estrearia em 1964. Vinicius conta que o refrão veio de uma roda de capoeira a que assistiu em 1942, em Salvador. João jamais gravou o samba.
Coqueijo fala; João Gilberto inicia Doralice (Dorival Caymmi e Antônio Almeida) e a fita é interrompida (0:41) &#8211; Só há tempo de João fazer parte dos vocais da introdução.

Dorme que eu velo por ti

Trem de ferro

Saudade da Bahia

O samba da minha terra

Bahia com h

Nada além

Cigana (The gypson)

Sem este céu

Bossa nova

Lá vem a baiana

João Gilberto interpretou na casa do amigo Carlos Coqueijo, em Salvador, músicas que se tornariam inesquecíveis na sua voz, mas que ele ainda não gravara em disco. São os casos de Saudade da Bahia e O samba da minha terra, por exemplo. Outras seis registradas na fita nunca entraram em sua discografia.
É a primeira vez que esse material vem a público, juntamente com outros dois gravados em fitas de rolo por Coqueijo. (Os links estão nesta página, mais abaixo, após o repertório.)
Aydil Coqueijo, viúva de Carlos, passou para fitas cassete e, mais tarde, encomendou a digitalização. Repassou uma cópia para a pesquisadora Edinha Diniz, que cedeu os áudios à Batuta.
Sobre Coqueijo (1924-1988): é autor (com Alcyvando Luz) de É preciso perdoar, samba que João incluiu em três discos, a começar pelo seu “álbum branco”, de 1973. Como jurista, chegou a ministro do Tribunal Superior do Trabalho. Como artista e amigo de artistas, apresentou Caetano Veloso a João Gilberto, e Nara Leão ao grupo baiano. Foi professor de Gilberto Gil na faculdade de administração.
Repertório
Dorme que eu velo por ti (Roberto Martins e Mário Rossi) (4:09) &#8211; João Gilberto (voz, assobio e violão). Inédita em sua discografia. Nelson Gonçalves lançou em 1942. Há ruídos no áudio.
Trem de ferro (Lauro Maia) (1:52) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Gravou a marcha, que amava desde a infância em Juazeiro, em seu disco de 1961, João Gilberto. A versão original é de 1943, com o conjunto Quatro Ases e Um Coringa.
Saudade da Bahia (Dorival Caymmi) (2:34) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Gravou no disco de 1961. O samba recebeu versões em 1957 do autor, Dorival Caymmi, de Nora Ney e de Marlene.
O samba da minha terra (Dorival Caymmi) (1:53) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Também gravou em 1961. A primeira gravação é a do Bando da Lua, de 1940.
Bahia com h (Denis Brean) (2:13) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Só gravou em 1980, em disco resultante de um especial da TV Globo. Francisco Alves lançou em 1947.
Nada além (Custódio Mesquita e Mário Lago) (1:17) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. A gravação original é de Orlando Silva, em 1938.
Cigana (Billy Reid, versão de Vera F. Corrêa da Silva) (3:36) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Orlando Silva gravou em 1947.
Sem este céu (Luiz Bonfá) (1:48) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Dick Farney gravou em 1952.
Bossa nova (Miguel Gustavo) (1:18) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. Canta o seu próprio nome e brinca com o estilo da &#8220;bossa velha&#8221;. Os Cariocas interpretariam em 1962, no show Encontro, que reuniu João, Tom Jobim, Vinicius de Moraes e o conjunto no Au Bon Gourmet, no Rio.
O nosso olhar (Sérgio Ricardo) (2:12) &#8211; João Gilberto (voz e violão). Inédita. João também cantou esta música de seu grande amigo Sérgio Ricardo numa apresentação no Auditório Ibirapuera, em 2008.
Lá vem a baiana (Dorival Caymmi) (2:40) &#8211; João Gilberto (voz e violão). As outras pessoas tentam fazer um coro. Ele só veio a registrar em disco em Eu sei que vou te amar, o ao vivo de 1994. Dorival Caymmi lançou em 1947, e Lúcio Alves gravou a sua versão em 1959.

Em 1950, João Gilberto rumou para o Rio de Janeiro, o grande centro de produção e difusão da música popular no Brasil na época. Mas deixou a antiga capital por enfrentar diversos problemas. Voltou dois anos depois com as bases do novo estilo musical que mudaria a forma de se conceber canção no Brasil. 

Repertório
Eu vim da Bahia  (Gilberto Gil) – João Gilberto
Não diga não (Georges Henry e Tito Madi) – Garotos da Lua
Louco (Wilson Batista e Henrique de Almeida) – João Gilberto
Curare (Bororó) – João Gilberto
Jura (Sinhô) – Mario Reis
Uva de caminhão (Assis Valente) – Carmen Miranda
Filosofia (Noel Rosa e André Filho) – Mario Reis
O cigano (Marcelo Tupinambá e João do Sul) – Vicente Celestino
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Roteiro: Paulo da Costa e Silva 
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco 
Apresentação: Romulo Froes 
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva 
Sonorização: Filipe Di Castro 
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva 
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.
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Bloco 1

João explorou profundamente a língua para criar com ela efeitos musicais precisos. Com o retrabalho de vogais e consoantes, criou texturas, ruídos, ritmos e possibilidades percussivas. O episódio também trata da comparação do seu canto ao de Mario Reis e da paixão por Orlando Silva.  
 
Repertório
Mulato bamba (Noel Rosa) – Mario Reis
Preconceito (Wilson Batista e Marino Pinto) – João Gilberto
Desafinado (Tom Jobim e Newton Mendonça) – João Gilberto
Astronauta (C.A. Pingarilho e Marcos Vasconcellos) – João Gilberto
Pra que discutir com madame (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa) – João Gilberto
Você não sabe amar (Dorival Caymmi, Carlos Guinle e Hugo Lima) – João Gilberto
Isto aqui o que é? (Ary Barroso) – João Gilberto
Corcovado (Tom Jobim) – João Gilberto
Estate (Bruno Martino e Bruno Bringhetti) – João Gilberto
Nada além (Custódio Mesquita e Mário Lago) – Orlando Silva
Aos pés da cruz (Marino Pinto e Zé Gonçalves) – Orlando Silva
Aos pés da cruz (Marino Pinto e Zé Gonçalves) – João Gilberto
Ciúme sem razão (Alberto Ribeiro e João de Barro) – Orlando Silva
Meia luz (Hianto de Almeida e João Luiz) – João Gilberto
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Roteiro: Paulo da Costa e Silva 
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco 
Apresentação: Romulo Froes 
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva 
Sonorização: Filipe Di Castro 
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva 
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.

Bloco 2

Talvez seja difícil hoje vislumbrar o impacto que João Gilberto causou quando retornou ao Rio em 1957. A novidade foi incorporada tão profundamente na linguagem da canção popular que se tornou invisível aos olhos hoje. O episódio apresenta o cenário musical da época e algumas características que tornaram João um marco na história da música.
Repertório
Fotografia (Tom Jobim) – João Gilberto
Bahia com H (Denis Brean) – João Gilberto
Nova ilusão (José Menezes e Luiz Bittencourt)– João Gilberto
Desde que o samba é samba (Caetano Veloso) – João Gilberto
Rosa morena (Dorival Caymmi) – João Gilberto
Vingança (Lupicínio Rodrigues) – Linda Batista
Errei sim (Herivelto Martins) – Dalva de Oliveira
Risque (Ary Barroso) – Linda Batista
Nunca (Lupicínio Rodrigues) – Dircinha Batista
Nervos de aço (Lupicínio Rodrigues) – Francisco Alves
Sistema nervoso (Wilson Batista, Roberto Roberti e Arlindo Marques Jr.) – Orlando Correa
Ninguém me ama (Fernando Lobo e Antônio Maria) – Nora Ney
Seis peças para piano – OP.19 (Arnold Schoenberg) – Michel Beroff
Lobo bobo (Carlos Lyra e Ronaldo Bôscoli) – João Gilberto
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Roteiro: Paulo da Costa e Silva 
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco 
Apresentação: Romulo Froes 
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva 
Sonorização: Filipe Di Castro 
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva 
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.

Bloco 3

Luiz Tatit definiu João Gilberto como um recompositor. Ele pega uma canção já existente e retrabalha diversos pormenores nela, investigando continuamente as possibilidades sonoras. Em suas gravações, nada está ali por acaso. O episódio conta sobre como a música de João lembra um mundo em miniatura: quanto mais você se aproxima, mais percebe os detalhes.
Repertório
Exemplo vibrato (Giuseppe Verdi)– Trecho da ópera La traviata cantado por Mariella Devia
Coração materno (Vicente Celestino) – Vicente Celestino
Serra da Boa Esperança (Lamartine Babo) – Francisco Alves
Rosa (Pixinguinha e Otávio Souza) – Orlando Silva
Meditação (Tom Jobim e Newton Mendonça) – João Gilberto
Tim tim por tim tim (Geraldo Jaques e Haroldo Barbosa) – João Gilberto
Da cor do pecado (Bororó) – João Gilberto
Saudade da Bahia (Dorival Caymmi) – João Gilberto
Doralice (Dorival Caymmi) – João Gilberto
Desafinado (Tom Jobim e Newton Mendonça) – João Gilberto
Eu sambo mesmo (Janet de Almeida) – João Gilberto
Me chama (Lobão) – Lobão
Me chama (Lobão) – João Gilberto
Lígia (Tom Jobim) – João Gilberto
Coração vagabundo (Caetano Veloso) – João Gilberto
Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – João Gilberto
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Roteiro: Paulo da Costa e Silva
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco
Apresentação: Romulo Froes
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva
Sonorização: Filipe Di Castro
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.

Bloco 4

Voz e violão. João desfaz a antiga hierarquia de sobrepor um ao outro. Ele funde os elementos dando-lhes o mesmo grau de atenção. O episódio desenvolve esse assunto e conta das canções e artistas que marcaram o clima pré-bossa nova, além da influência do jazz nos anos 1950.
Repertório
Segredo (Herivelto Martins e Marino Pinto) – Dalva de Oliveira
Segredo (Herivelto Martins e Marino Pinto) – João Gilberto
Eclipse (Ernesto Lecuona) – João Gilberto
Duas contas (Garoto) – Trio Surdina
Copacabana (João de Barro e Alberto Ribeiro) – Dick Farney
Valsa de uma cidade (Ismael Neto e Antônio Maria) – Lúcio Alves
Eu quero um samba (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa) – Os Namorados da Lua
Treze de ouro (Herivelto Martins e Marino Pinto) – Anjos do Inferno
Adeus, América (Geraldo Jaques e Haroldo Barbosa)  – Os Cariocas
Amor é assim (Luiz Teles e Luiz Bonfá) – Quitandinha Serenaders
Vou tentar te esquecer (Edgardo Luiz) – Garotos da Lua
The Will Never Be Another You (Harry Warren e Macn Gordon) – Chet Baker
Fly me to the moon (Bart Howard) – Frank Sinatra
Lullaby of Broadway (Harry Warren e Al Dubin) – The Mel-Tones
Tea for two (Vincent Youmans e Irving Ceasar) – Joe Money Quartet
Rapaz de bem (Johnny Alf) – Johnny Alf
Lá vem a baiana (Dorival Caymmi) – João Gilberto
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Roteiro: Paulo da Costa e Silva 
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco 
Apresentação: Romulo Froes 
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva 
Sonorização: Filipe Di Castro 
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva 
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.

Bloco 5

O episódio traz o reencontro de João Gilberto e Tom Jobim após o retiro do violonista  em Diamantina. Impressionado, Tom passou a compor pensando naquela nova maneira de tocar que João havia formulado. A famosa batida concentrava no violão padrões rítmicos que antes eram executados por instrumentos de percussão. E, assim, o caminho modernizante da canção brasileira se deu através de um trabalho minucioso com a tradição do samba.
Repertório
Bim bom (João Gilberto) – João Gilberto
Chega de saudade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – João Gilberto
Corcovado (Tom Jobim) – João Gilberto
Águas de março (Tom Jobim) – João Gilberto
A felicidade (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – João Gilberto
Undiu (João Gilberto) – João Gilberto
Ho-ba-la-lá (João Gilberto) – João Gilberto
Falsa baiana (Geraldo Pereira) – João Gilberto
Morena boca de ouro (Ary Barroso) – João Gilberto
Eu quero um samba (Janet de Almeida e Haroldo Barbosa) – João Gilberto
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Roteiro: Paulo da Costa e Silva 
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco 
Apresentação: Romulo Froes 
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva 
Sonorização: Filipe Di Castro 
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva 
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.

Bloco 6

Com o histórico concerto no Carnegie Hall em 1962 e a gravação de &#8220;Getz Gilberto&#8221; no ano seguinte, a bossa nova ganhou o mundo, tornando-se extremamente popular em lugares como o Japão. O episódio também conta sobre como o gênero, com o seu aparente minimalismo, traz muitas vezes como tema as horas improdutivas do dia, o tempo do ócio.
Repertório
Outra vez (Tom Jobim) – João Gilberto
Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – Getz e Gilberto
Eight days a week (John Lennon e Paul McCartney) – The Beatles
Adeus, América (Geraldo Jaques e Haroldo Barbosa) – João Gilberto
Aquarela do Brasil (Ary Barroso) – João Gilberto
É preciso perdoar (Carlos Coqueijo e Alcivando Luiz) – João Gilberto
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Roteiro: Paulo da Costa e Silva 
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco 
Apresentação: Romulo Froes 
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva 
Sonorização: Filipe Di Castro 
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva 
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.

Bloco 7

João Gilberto é, sem dúvida, o ponto de inflexão decisivo, “o x do problema”, como disse Caetano Veloso, da modernização da canção popular brasileira. O porquê dessa sua centralidade na historiografia de nossa música popular é o que o documentário &#8220;Tim tim por tim tim: a música de João Gilberto&#8221; se propõe a decifrar.
Com a contribuição de boa parte dos principais estudiosos de sua obra, o documentário vale-se dos recursos sonoros para demonstrar, de modo a um tempo didático e rigoroso, com quantos paus o baiano de Juazeiro fez a canoa que o levaria ao Carnegie Hall e às plateias mesmerizadas do Japão.
Entremeando história da cultura, teoria da canção, crítica e biografia, &#8220;Tim tim por tim tim&#8221; elucida a filiação e a invenção do canto de João Gilberto; estabelece as variações da batida original de seu violão; investiga a relação entre voz e violão que transforma quaisquer canções em estudos minuciosos, mas sem perder o gingado.
Os trechos de entrevistas de João Gilberto referem-se, respectivamente, às seguintes reportagens:
1. &#8220;Meus planos eram recuperar-me dos insucessos (&#8230;)&#8221; &#8211; Revista do Rádio n. 540, 23/1/1960. 
2. &#8220;Ele foi o maior cantor do mundo em sua época (&#8230;)&#8221; &#8211; Entrevista concedida a Tárik de Souza. Revista Veja, 12/5/1971. 
3. &#8220;Uma das músicas que despertaram, que me mostraram que podia tentar uma coisa diferente foi Rosa Morena, do Caymmi(&#8230;)&#8221; &#8211; Entrevista concedida a Tárik de Souza, Revista Veja, 12/5/1971. 
4. &#8220;&#8216;Eu estava lá, nos Estados Unidos, mas sempre estive aqui, no Brasil (&#8230;)&#8221; &#8211; Entrevista a Carlos Alberto Silva, O Globo, 31/10/1979.
Roteiro: Paulo da Costa e Silva 
Colaboração no roteiro: Francisco Bosco 
Apresentação: Romulo Froes 
Edição: Filipe Di Castro e Paulo da Costa e Silva 
Sonorização: Filipe Di Castro 
Produção: Francisco Bosco e Paulo da Costa e Silva 
Participações: Aderbal Duarte, Edinha Diniz, Felipe Abreu, José Miguel Wisnik, Lorenzo Mammì, Luiz Tatit, Moogie Canázio, Roberto Menescal, Ruy Castro e Walter Garcia.

Foi lançado pelo selo espanhol Ubatuqui em 2022, 60 anos depois da apresentação, um show que João Gilberto e Os Cariocas fizeram em Buenos Aires. A gravação no Club 676 é de 10 de outubro de 1962 e não foi pensada com fins comerciais. A qualidade do som está longe da ideal, mas o registro tem valor histórico.
Os áudios foram passados para a Batuta pelo pesquisador Otavio Filho, grande conhecedor do trabalho de João.
O artista ficou na capital argentina entre setembro e outubro, período ladeado por dois momentos marcantes de sua trajetória: em agosto, fizera a temporada de &#8220;Encontro&#8221; (com Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Os Cariocas) no Au Bon Gourmet, em Copacabana, quando se lançou &#8220;Garota de Ipanema&#8221;; em novembro participaria do concerto da bossa nova no Carnegie Hall, em Nova York. Durante a estada em Buenos Aires, dividiu programas de TV e noites do 676 com Elza Soares, Elizeth Cardoso, Astor Piazzolla e outros. O 676 era uma casa noturna frequentada por artistas e intelectuais, tendo inspirado uma composição de Piazzolla. No show, ele e o conjunto vocal são apresentados por Carlos Rodari. Instigado pelo radialista, ele canta &#8220;Atirei o pau no gato&#8221;.
Repertório
Carlos Rodari apresenta Os Cariocas
Trecho de Nova ilusão (José Menezes e Luiz Bittencourt) &#8211; Os Cariocas
Só danço samba (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) &#8211; Os Cariocas
Nunca mais (Ed Lincoln e Silvio Cesar) &#8211; Os Cariocas
Zelão (Sérgio Ricardo) &#8211; Os Cariocas
Você passou (Nazareno de Brito e Alcyr Pires Vermelho) &#8211; Os Cariocas
Samba de uma nota só (Tom Jobim e Newton Mendonça) &#8211; Os Cariocas
Carlos Rodari fala de “bossa tradicional” e &#8220;bossa nova&#8221;
Tudo é bossa (Miguel Gustavo e Alcyr Pires Vermelho) &#8211; Os Cariocas
Carlos Rodari apresenta o repertório que João cantará
Só danço samba (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – João Gilberto e Os Cariocas
Meditação (Tom Jobim e Newton Mendonça) – João Gilberto
Doralice (Dorival Caymmi e Antônio Almeida) – João Gilberto
O amor em paz (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – João Gilberto e Os Cariocas
Samba da minha terra (Dorival Caymmi) – João Gilberto
Corcovado (Tom Jobim) – João Gilberto e Os Cariocas
Nunca mais (Ed Lincoln e Silvio Cesar) &#8211; Os Cariocas e João Gilberto. A voz não é de João.
Quero ser assim (autor desconhecido) &#8211; Os Cariocas e João Gilberto. A voz não é de João.
Atirei o pau no gato (popular) &#8211; João Gilberto
Um abraço no Bonfá (João Gilberto) – João Gilberto
Garota de Ipanema (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) / Devagar com a louça (Osvaldo Santiago e Roberto Martins) – João Gilberto e Os Cariocas
Só danço samba (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) / Se todos fossem iguais a você (Tom Jobim e Vinicius de Moraes) – João Gilberto e Os Cariocas

Áudios

Playlists

17.1.2023

João Gilberto e Os Cariocas em Buenos Aires em 1962

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