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12.8.2022
Clara Nunes e os orixás
As referências às religiões afro-brasileiras são peças fundamentais para a compreensão do trabalho de Clara Nunes, a cantora mineira que faria 80 anos em 12 de agosto. Ela morreu em 2 de abril de 1983.
Seu repertório é repleto de referências ao candomblé, continuando a tradição do samba, que teve sua origem nos terreiros religiosos das tias baianas, como a célebre Ciata, no entorno da Praça Onze.
Nesta playlist, organizada por Joaquim Ferreira dos Santos, estão algumas dessas saudações de Clara aos orixás que, na vida pessoal, ela passou a seguir depois de criada numa família espírita.
Compositores históricos da afirmação cultural negra, como Nei Lopes (“Afoxé pra Logun”) e Candeia (“Sindorerê”), assinam essas músicas. Algumas descrevem as convicções religiosas da cantora, filha de Ogum com Iansã (como diz em “Guerreira”).
Repertório
A deusa dos orixás (Romildo e Toninho Nascimento)
Conto de areia (Romildo e Toninho Nascimento)
Guerreira (João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro)
Tributo aos orixás (Mauro Duarte, Noca e Rubem Tavares)
Coroa de areia (Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro)
Ilu Ayê (Terra da vida) (Cabana e Norival Reis)
Ijexá (Filhos de Gandhi) (Edil Pacheco)
Afoxé pra Logun (Nei Lopes)
Sindorerê (Candeia)
Banho de manjericão (João Nogueira e Paulo Cesar Pinheiro)
Brasil mestiço, santuário da fé (Mauro Duarte e Paulo Cesar Pinheiro)
Nanaê, Nanã, Naiana (Sidney da Conceição)
Misticismo, da África ao Brasil (Vilmar Costa e Mario Pereira)
Mandinga (Ataulfo Alves e Carlos Imperial)
Guerreira de Oxalá (Carlos Imperial)
Seleção: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro