Embora gravado por muitos e, principalmente,  muitas intérpretes (Maria Bethânia, Mônica Salmaso, Mariene de Castro, Fabiana Cozza, Roberta Sá e mais), Roque Ferreira ainda é, para bastante gente, um segredo da música brasileira. Vive recluso em Salvador, dedicado a composições e pesquisas, como sobre o candomblé, tema de várias de suas canções. Nascido em 1947 em Nazaré das Farinhas, no Recôncavo, tem nos costumes da região a matéria-prima principal de sua obra.

Neste programa, o professor capixaba Marcos Ramos traça um painel da carreira do artista, com direito a depoimentos do próprio Roque. Sobre ele falam Mariene, Fabiana e seu parceiro Jota Velloso. Tudo termina com sua gravação do seu maior sucesso: “Samba pras moças”, que Zeca Pagodinho lançou em 1995.

Repertório

Dona Fia (Roque Ferreira) – Roque Ferreira

Agué / Obatalá / Alafin de Oió / Logun (Roque Ferreira) – Roque Ferreira

Feita na Bahia (Roque Ferreira) – Maria Bethânia

Guriatã (Roque Ferreira) – Maria Bethânia

Foguete (Jota Velloso e Roque Ferreira) – Jota Velloso

Oxóssi (Roque Ferreira) – Mariene de Castro

Ponto de Nanã (Roque Ferreira) – Fabiana Cozza

Água da minha sede (Dudu Nobre e Roque Ferreira) – Mônica Salmaso

Água doce (Roque Ferreira) – Roberta Sá e Trio Madeira Brasil

Samba pras moças (Roque Ferreira e Grazielle Ferreira) – Roque Ferreira

Roteiro, apresentação e edição: Marcos Ramos

Edição final: Filipe Di Castro

Marcos Ramos é pesquisador e professor na Universidade Nacional da Colômbia. Publicou “Balaio de gato” (artigos, 2022) e “Anatomia da elipse: Escritos sobre nacionalismo, raça e patriarcado” (ensaio, 2018), entre outros livros.