Marlene, a incomparávelFoto do acervo Cezar Sepúlveda
Foto do acervo Cezar Sepúlveda
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17.11.2022

Marlene, a incomparável

A paulistana Victoria Bonaiutti de Martini, “a incomparável Marlene”, como anunciavam os locutores da Rádio Nacional nos anos 1950, tem seu centenário completado em 22 de novembro de 2022. Atravessou um longo período em atividade. Surgiu no rádio com sambas de carnaval, passou pela moda dos ritmos nordestinos, mudou-se para a TV, fez peças de protesto e, sempre se renovando, terminou neste milênio com shows em que apresentava novos compositores. Marlene morreu em 2014, vítima de uma pneumonia.

Neste programa, com roteiro e apresentação de Joaquim Ferreira dos Santos, são tocados alguns de seus clássicos, como os sambas de cunho social do repertório de Luiz Antônio. Também há trechos de seus shows e um dueto com Chico Buarque. Os pesquisadores Rodrigo Faour e Cezar Sepúlveda dão depoimentos ajudando a entender o fenômeno de uma cantora que gostava de se considerar “cantriz”. No palco, gesticulava expressivamente, como fazia antes Carmen Miranda e faz agora Marisa Monte.

Repertório

Panchito no mambo (Murilo Vieira, Campelo e Nelson Lucena) – Marlene

Swing no morro (Felisberto Martins e Amado Régis) – Marlene

Estrela miúda (Luiz Vieira e João do Vale) – Marlene

Eu já vi tudo (Peterpan e Amadeu Veloso) – Marlene, Emilinha Borba e Orquestra Tabajara

Cansado de sambar (Assis Valente) / Maria Boa (Assis Valente) – Marlene

Patinete no morro (Luiz Antônio) – Marlene

Lamento da lavadeira (Monsueto, Nilo Chagas e João Violão) – Marlene

Pot-pourri: Para o inferno ou para o céu (Manoel Santana e Lourival Faissal), Se é pecado sambar (Manoel Santana), Mustang cor de sangue (Marcos e Paulo Sérgio Valle), Lata d’água (Luiz Antônio e Jota Júnior), Zé Marmita (Luiz Antônio e Brazinha), Cansado de sambar (Assis Valente), País tropical (Jorge Ben Jor), Meu pai amarrou meus olhos (Heitor Villa-Lobos) e Tropicália (Caetano Veloso) – Marlene

Alô alô, taí Carmen Miranda (Wilson Diabo, Maneco e Heitor Pinto) – Marlene

Pot-pourri: Eva (Haroldo Lobo e Milton de Oliveira), Papai Adão (Klécius Caldas e Armando Cavalcanti) e Chiquita Bacana (Braguinha e Alberto Ribeiro) – Marlene, Blecaute, Nuno Roland e Eneida

Sou assim (Toquinho e Gianfrancesco Guarnieri) – Marlene

Canção desnaturada (Chico Buarque) – Marlene e Chico Buarque

Dora me disse (Jota Júnior e Oldemar Magalhães) – Marlene

Roteiro e apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos

Edição: Filipe Di Castro

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