
Especiais
15.8.2025
Candeia, o líder negro
Nascido há 90 anos, em 17 de agosto de 2025, Antonio Candeia Filho não foi só um grande compositor de sambas (o que não seria pouco), mas um pensador e agitador que liderou artistas na luta pelo fortalecimento da cultura afro-brasileira no país. É consenso que esse perfil de líder se formou após o tiro que levou em 1966 e que o deixou paraplégico. Antes, tinha sido um policial com fama de truculento. Em 1975, rompeu com a Portela, escola na qual ganhou cinco disputas de sambas-enredo, e fundou o Grêmio Recreativo de Arte Negra e Escola de Samba Quilombo, cujo nome já indica os objetivos. Não pôde atingi-los como queria porque morreu cedo, aos 43 anos, em 1978, por causa de um problema renal.
O jornalista e pesquisador Lucas Nobile conta essa história em detalhes neste especial, do qual participam o compositor e escritor Nei Lopes, a cantora Teresa Cristina (“Eu não existiria sem Candeia”) e o radialista Adelzon Alves. No repertório, grandes sambas e o final com seu maior sucesso, gravado por Clara Nunes.
Repertório
Dia de graça (Candeia) – Candeia
Nova escola (Candeia) – Candeia
Foi ela (Candeia) – Mensageiros do Samba
De qualquer maneira (Candeia) – Candeia
Motivos folclóricos da Bahia (recolhidos por Candeia) – Candeia
Pintura sem arte (Candeia) – Candeia
O mar serenou (Candeia) – Clara Nunes
Roteiro e apresentação: Lucas Nobile
Edição: Filipe Di Castro