
Entrevistas
16.11.2023
Rodrigo Faour sobre Leny Eversong
Hilda Campos Soares da Silva, codinome Leny Eversong (“canção eterna”, nome criado por um radialista de Santos), só estourou no Brasil aos 35 anos, em 1955. No ano seguinte, já estava estreando nos Estados Unidos e fazendo uma breve e impressionante carreira de sucesso. Suas temporadas em Las Vegas, Los Angeles e Nova York duraram pouco mais de três anos, mas fizeram dela a mais conhecida cantora brasileira em palcos americanos, com exceção de Carmen Miranda. Apesar disso, terminou sua dramática vida em 1984 sem que fosse lembrada por aqui, situação que não mudou até hoje.
O jornalista e pesquisador Rodrigo Faour conta essa história em detalhes na biografia “A incrível história de Leny Eversong – A cantora que o Brasil esqueceu” (Edições Sesc). Em entrevista a Joaquim Ferreira dos Santos, ele explica o que impediu a intérprete de voz operística de permanecer no topo, a começar pela gordofobia. Ela chegou a pesar 124 quilos. Cantar em outras línguas, diz ele, pode ter provocado a antipatia da intelectualidade nacionalista da época.
Repertório
Sereno (Aloisio Teixeira de Carvalho) (trecho)
Jezebel (Wayne Shanklin)
Canto afro-cubano (El Cumbanchero – Terra va Tembla) (Mariano Merceron e Rafael Hernandez Marin)
Samba internacional (Sidney Rocha)
Au bleu du ciel bleu (Volare) (Donenico Modugno e Francesco Migigliacci)
Do pilá (Jararaca)
Jangada (Hervé Cordovil e Vicente Leporace)
Mack the Knife (Kurt Weill e Bertolt Brecht)
Na Baixa do Sapateiro (Ary Barroso)
Granada (Agustín Lara)
Apresentação: Joaquim Ferreira dos Santos
Edição: Filipe Di Castro