Não há como estudar a tão complexa quanto diversificada história do violão brasileiro sem passar pelos nomes da fluminense Rosinha de Valença (1941-2004) e do paranaense Waltel Branco (1929-2018).

Embora tenham se destacado também como compositores, ambos são lembrados até hoje como intérpretes acima da média.

Em 1980, a gravadora Som Livre reuniu em uma coletânea parte dos repertórios de dois discos presentes em seu catálogo: “Rosinha de Valença”, de 1973, e “Recital”, gravado por Waltel Branco em 1976.

Fora das plataformas digitais de áudio, mas presente na Coleção do Zuza, “Violão em dois estilos” traz interpretações de Rosinha, no lado A, e de Waltel, na outra face.

De sua lavra, Rosinha toca “Porto das flores”, e também interpreta obras de Dorival Caymmi, Vinicius de Moraes, e das duplas João Bosco e Aldir Blanc e Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira.

Por sua vez, Waltel, com sólida formação em música clássica, apresenta peças de Villa-Lobos, Bach, Maria Thereza Paradis e Luiz de Novaes, além de “Ponteio”, de autoria dele mesmo.

Repertório

Lado A

Porto das Flores (Rosinha de Valença) – Rosinha de Valença

Asa branca (Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira) – Rosinha de Valença

Valsa de Eurídice (Vinicius de Moraes) – Rosinha de Valença

Bala com bala (João Bosco e Aldir Blanc) – Rosinha de Valença

Morena do mar (Dorival Caymmi) – Rosinha de Valença

Lado B

Bachiana nº 5 (Villa-Lobos) – Waltel Branco

Ponteio (Waltel Branco) – Waltel Branco

Siciliana (Maria Thereza Paradis) – Waltel Branco

Diferenças sobre “Guarda-me las vacas” (Luiz de Novaes) – Waltel Branco

Minueto (Bach) – Waltel Branco

Prelúdio nº 13 (Bach) – Waltel Branco

Seleção e texto: Lucas Nobile