Áudios

Coleção do Zuza
21.10.2022
Sueli Costa
Quando começou a compor suas primeiras músicas, no começo da década de 1960, Sueli Costa chegou a ouvir frases como esta: “Até que para uma mulher você compõe direitinho”. Nascida no Rio de Janeiro e criada em Juiz de Fora, Sueli se impôs ante os preconceitos de uma sociedade estruturalmente machista e ouviu dezenas de suas criações nas vozes de grandes intérpretes.
Antes de lançar seu primeiro álbum, em 1975, já tinha emplacado canções em trilhas de novelas e sido gravada por Nara Leão, Elis Regina, Ney Matogrosso, Alaíde Costa, Wanderléa e Maria Bethânia.
Neste segundo disco – gravado em 1976, engavetado por meses pela Odeon, lançado apenas no ano seguinte –, Sueli Costa canta composições suas feitas com letristas dos mais inspirados: Paulo César Pinheiro (o bolero “Cão sem dono”) e seus parceiros constantes, Tite de Lemos e Cacaso, autor de versos como “se vem da terra, é poeira/ se vem do mar, maresia/ eu te prendi, juventude/ nas asas da poesia”, no samba “Poeira e maresia”.
A produção é de João Bosco, Aldir Blanc e Mariozinho Rocha, e os arranjos são de Wagner Tiso.
Repertório
Lado 1
Amor amor (Sueli Costa e Cacaso) – Sueli Costa
Poeira e maresia (Sueli Costa e Cacaso) – Sueli Costa
Cão sem dono (Sueli Costa e Paulo Cesar Pinheiro) – Sueli Costa
Doce mentira (Sueli Costa) – Sueli Costa
Outra canção de amor (Coração cromático) (Sueli Costa e Tite de Lemos) – Sueli Costa
Lado 2
Guadalupe (Sueli Costa e Tite de Lemos) – Sueli Costa
As labaredas (Sueli Costa e Cacaso) – Sueli Costa
Pedra da lua (Toninho Horta e Cacaso) – Sueli Costa
Falando sério (Sueli Costa e Cacaso) – Sueli Costa
Acorrentado (Sueli Costa e Tite de Lemos) – Sueli Costa
Sombra amiga (Sueli Costa e Tite de Lemos) – Sueli Costa
Texto: Lucas Nobile