Áudios

Coleção do Zuza
20.4.2023
Rafael Sete Cordas
Difícil escapar da palavra precoce quando se fala de Raphael Rabello, que fez suas primeiras gravações profissionais com violão de sete cordas aos 13 anos de idade. Primeiro, num jingle comercial a convite de Carlos Lyra e, logo depois, num compacto de Gisa Nogueira. Aos 14, já tocava em dois conjuntos: Os Carioquinhas, fundado por ele mesmo, e o Choros do Brasil, formado pelo também violonista Turíbio Santos.
Antes de gravar seu primeiro disco, aos 19 anos, Raphael já havia participado de dezenas de álbuns de estrelas da música brasileira, como Chico Buarque, Dona Ivone Lara, João Bosco, Clara Nunes, Paulinho da Viola, Nara Leão e Beth Carvalho.
Em seu disco individual de estreia – ainda usando o nome artístico de Rafael Sete Cordas, a exemplo de seu grande mestre, Horondino José da Silva, o popular Dino 7 Cordas –, Raphael Rabello engendrou uma revolução que permanece até os dias de hoje. Pela primeira vez, o violão de sete cordas, instrumento até então utilizado para fazer acompanhamentos, desempenhava a função de solista.
Lançado em 1982, o primeiro álbum solo de Raphael Rabello apresenta composições de autores importantes para a história do violão, como João Pernambuco, Garoto e Dino 7 Cordas, além de temas de Jacob do Bandolim, Tom Jobim e do próprio Raphael, que assina a valsa “Sete cordas” em parceria com Paulo Cesar Pinheiro.
Repertório
Lado 1
Sons de carrilhões (João Pernambuco)
O voo da mosca (Jacob do Bandolim)
Vivo sonhando (Garoto)
Choro da saudade (Agustín Barrios)
Garoto (Tom Jobim)
Sete cordas (Rafael Rabello e Paulo Cesar Pinheiro)
Lado 2
Interrogando (João Pernambuco)
Estudo de concerto (Agustín Barrios)
Gracioso (Garoto)
Por um momento antigo (Cristovão Bastos)
Praça Sete (Horondino Silva e Francisco Sá)
Yeda (Mozart de Araújo)
Seleção e texto: Lucas Nobile