Áudios

Coleção do Zuza
20.2.2025
Portela
Dentre as destacadas contribuições do selo Discos Marcus Pereira – como os álbuns de estreia de Cartola e de Leci Brandão e LPs com obras de Donga, Canhoto da Paraíba, Quinteto Armorial, Banda de Pífanos de Caruaru e Paulo Vanzolini –, uma das mais importantes é a série “História das escolas de samba”.
Dedicados às quatro agremiações mais tradicionais do carnaval do Rio de Janeiro, Mangueira, Portela, Império Serrano e Salgueiro, os quatro volumes disponibilizados na íntegra pela Rádio Batuta foram gravados em dezembro de 1974 e lançados no ano seguinte.
Com produção de João Carlos Botezeli, o popular Pelão, a série é um documento valioso sobre o que de melhor se produziu em matéria de samba de terreiro e de enredo.
Representando a Portela estavam no estúdio Manacéa, Monarco, Chico Santana, Alvaiade, Walter Rosa e outros. No coro de quase todas as faixas, a Velha Guarda. No repertório também entrou Paulinho da Viola, presente com o primeiro samba que mostrou na escola, “Recado”, cuja segunda parte é de Casquinha.
Repertório
Lado A
Brasil de ontem (samba-enredo, 1952) (Manacéa) – Manacéa
Hino da Velha Guarda (samba de quadra, 1972) (Chico Santana) – Chico Santana
O mundo é assim (samba de quadra, 1968) (Alvaiade) – Alvaiade
Quitandeiro (partido alto, 1933) (Paulo da Portela) – Alvaiade
Brasil, pantheon de glórias (samba-enredo, 1957) (Casquinha, Candeia, Waldir 59, Altair e Bubu – o grupo do muro) – Grupo do muro
Sentimento (samba de quadra, 1945) (Mijinha) – Monarco
Lado B
Macunaíma (samba-enredo, 1975) (David Correia e Norival Reis) – Marçal
Recado (samba de quadra, 1964) (Paulinho da Viola e Casquinha) – Casquinha
Rio, capital eterna (samba-enredo, 1960) (Walter Rosa) – Walter Rosa
Falem de mim (partido alto, 1928) (Rufino) – Alcides Lopes (o malandro histórico) e Alvaiade
De Paulo da Portela a Paulinho da Viola (samba de quadra, 1973) (Monarco e Chico Santana) – Monarco
Cidade mulher (samba-enredo, 1936) (Paulo da Portela) – Alcides Lopes (o malandro histórico)
Seleção e texto: Lucas Nobile