Só depois de emprestar o talento de seu violão e, principalmente, de sua guitarra a discos de artistas como Elis Regina, Djavan, Beth Carvalho, João Bosco, Sarah Vaughan, Chico Buarque, Milton Nascimento e tantos outros, é que Helio Delmiro ganhou enfim a oportunidade de gravar seus próprios álbuns.

Ao absorver informações da música clássica, do jazz e de um sem-fim de gêneros brasileiros, Helinho, como é chamado carinhosamente por amigos e amigas do meio musical, criou um estilo muito próprio de tocar, tornando-se um dos guitarristas mais respeitados não só no Brasil, mas no mundo.

Reconhecido por suas escolhas timbrísticas, por seus fraseados e, sobretudo, por suas levadas e conduções, Delmiro foi inigualável como músico de acompanhamento, mas também brilhante como solista, como se pode ouvir no terceiro álbum de sua carreira, “Chama”, de 1984.

Além das composições de Helio Delmiro, como o choro que encerra e batiza o disco com o autor ao violão, destaque para as interpretações de sucessos como “Mulher rendeira” (creditada a Zé do Norte) e “Folha morta”, samba-canção de Ary Barroso.

Repertório

Lado A

Folha morta (Ary Barroso)

Cerrado (Helio Delmiro)

Ad infinito (Helio Delmiro)

Emotiva nº 3 (Helio Delmiro)

Lado B

Mulher rendeira (Zé do Norte)

Quarto minguante (Renata Montanari e Wanda Stefênia)

Tua (Helio Delmiro)

Chama (Helio Delmiro)

Seleção e texto: Lucas Nobile